Um adversário duríssimo: o Atlético de Madrid
1° Tempo - Jogo lento e Daniel Alves
Fez o 1° gol do Barcelona e dedicou às filhas (clique para ampliar);
O Barcelona entrou no jogo com um 4-3-3 atípico, com
Fábregas fazendo a função de “falso 9”
e Messi recuado ao meio de campo, formação que desagrada uma grande parcela da
torcida barcelonista aqui no Brasil. Iniesta fazia o papel de winger pelo lado
esquerdo, voltando algumas vezes ao centro para buscar a bola; Sánchez aberto
pelo direita era municiado por Xavi e Messi no meio de campo.
A tática parecia
simples: Messi criava as jogadas desde o começo do campo, Fábregas fazia a
parede (pivô) e alguém concluía a jogada. Foi exatamente assim que nasceu o 1°
gol: em jogada de Messi, a bola foi enfiada para Fábregas, que cruzou para
Daniel Alves que só concluiu para gol – Barcelona 0x1.
Pouca emoção e um
tic-tac pouco objetivo definiram o resto do 1° tempo. O Barcelona buscava ficar
com a bola, o Atlético preferia entregar a bola. O Atlético preferia
contra-atacar, mas sem o Barcelona atacar parecia difícil.
Nessa toada
de chove e não molha, acabou o primeiro tempo com a vantagem do Barcelona.
2° Tempo – Bumba-meu-boi tático e Messi mágico
O segundo tempo
foi um desastre para o Barcelona. O Atlético de Madrid percebeu que apenas se
defender não bastaria e resolveu atacar, coisa que parecia surreal no 1° tempo.
3 minutos bastaram para que Falcão, após cobrança de escanteio e bela ajuda de
Busquets que deu a assistência, convertesse para dentro do gol e fizesse o
empate – 1x1. Sempre a bola parada, de forma que até um de nossos mais altos
jogadores falha nesse tipo de jogada – possivelmente o “calcanhar de Aquiles”
do Barcelona, que tem apenas 2 jogadores de mais de 1,80m de altura.
Valdés ainda foi
espetacular por diversas vezes na partida, a principal delas em um encontro
cara a cara com Falcão Garcia, aos 24 minutos, onde o atacante tentou encobrir
o goleiro, mas Valdés pulou muito alto e conseguiu conter a finalização.
Alexis Sánchez,
que no primeiro tempo desempenhara um papel importante ofensivo estava um tanto
quanto apagado na segunda etapa. Uma das melhores chances do time foi com ele,
após cruzamento de Daniel Alves, mas o chileno finalizou de cabeça fora do gol.
A partir daí a
partida se equilibrara, tendo chances para ambos os lados. Percebendo isso, Pep
enxergou a necessidade de uma mudança tática: Pedro e Cuenca entrariam nas
vagas de Cesc Fábregas e Daniel Alves, respectivamente. Com isso o time atuaria
em um 3-4-3 com Sánchez, Pedro e Cuenca na frente, Messi recuado ao meio de
campo, mas subindo muito ao ataque e Xavi e Iniesta desempenhando suas funções
habituais.
A formação pouco
influenciou, mas saiu enfim o gol – após falta sofrida muito perto da área do
Atlético, Messi pediu autorização para o árbitro, a mesma foi concedida e o gênio
cobrou rapidamente a falta por cima de todos os jogadores do time rival,
encobrindo inclusive o goleiro e parando apenas no ângulo do gol – era o 1x2
definitivo.
Com a definição
no placar, restava segurar o resultado. Valdés teve ainda a oportunidade de
mostrar que é sim um dos melhores goleiros do mundo na atualidade e defendeu
outra finalização de longe, mas com muita força.
Conclusões
Independente do resultado magro e do futebol nem tão vistoso
apresentado, o que importa é que, apesar da minha completa falta de fé no título
de La Liga esse
ano, o Barcelona ganhou mais uma vez de um adversário forte e manteve a sua
superioridade na Espanha. Alguns destaques da partida:
Destaques Positivos
• Daniel Alves: está jogando muito bem, com assistências e
gols nas últimas partidas;
• Valdés: goleiro que vem passando muita segurança no gol, não
lembra em nada o antigo Valdés de 3 anos atrás;
• Abidal: hoje não falhou e foi muito seguro. Já é um (re)começo;
• Mascherano: não comprometeu em nada, pelo contrário – o volante
é bom zagueiro;
• Messi: não precisa falar nada, suas atuações falam por si
só.
Destaques Negativos
• Alexis Sànchez: taticamente até foi bem, mas falta ser
mais incisivo, fazer mais gols;
• Piqué: vem sendo reserva para Mascherano que nem zagueiro é.
Se o problema for extra-campo, é melhor que resolva logo;
• Fábregas: taticamente destrói a equipe. Enquanto Guardiola
usá-lo como “falso 9”
centralizado no ataque, Messi jogará recuado demais e ficando mais longe do
gol, onde costuma fazer suas magias.
• Busquets: hoje fez faltas demais, deu assistência para
Falcão García e de quebra foi suspenso para a próxima partida, que será contra
o Sporting.
Com isso, o Barcelona aguarda sua próxima patida em La Liga , que será contra o
Sporting no Camp Nou. Não contará com Messi e Busquets, suspensos, o que pode
fazer com que Pique volte a jogar e o Barcelona tenha um time menos brilhante,
já que não terá sua estrela maior. O campeonato pode já estar virtualmente perdido, mas como disse Guardiola - "Não acredito que venceremos, o que não quer dizer que desistiremos".
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