Uma vitória que lembrou a última final da Champions
Talvez exceto pelo fato de nessa partida o adversário tenha sido o alemão Bayer Leverkusen, essa partida lembrou bastante a partida contra o Manchester United na última decisão da Champions League: um Barcelona dominando o jogo, maior posse de bola, um time que jogava um futebol mais ofensivo enquanto o outro se defendia, o time catalão abrindo o placar, levando o empate e que acaba buscando o 3x1. O jogo pode ter sido controlado, mas longe da possibilidade do torcedor catalão dizer que sempre esteve certo da vitória.
O time não contou com 2 peças essenciais em seu esquema tático: Xavi, o maestro do time e Piqué, o defensor mais habilidoso.
O maior perigo que o Leverkusen apresentou foi claramente o bom uso da vantagem física entre os seus jogadores e os jogadores do Barcelona: enquanto apenas um jogador do Bayer em campo tinha menos de 1,80m de altura, apenas dois jogadores do Barcelona eram maiores que esses mesmos 1,80m (Abidal, com 1,83 e Busquets, com 1,89). Levaram perigo e conseguiram um gol dessa forma. Fora isso, o time já favorito a vencer cumpriu seu papel, sofreu um pouco com a curiosa retranca do time da casa na primeira etapa - que jogou apenas com um atacante - mas se aproveitou da necessidade do adversário de atacar na segunda etapa.
A equipe titular foi formada por: Valdés; Daniel Alves, Mascherano, Puyol, Abidal; Busquets, Iniesta, Fábregas; Sánchez, Messi e Adriano.
Primeira Etapa: Retranca estilo Alemanha Ortodoxa e Alexis Sánchez
Alexis Sánchez comemora o primeiro gol (clique para ampliar)
Em campo o time alternou momentos com o clássico 4-3-3 e por vezes um 3-4-3 com Mascherano subindo ao ataque para apoiar seus companheiros e pressionar com força total. Tática interessante, que deu certo.
78% de posse de bola foi a marca da primeira etapa - em tempo real são 35 minutos com a bola e mais alguns segundos. Bastante impressionante, todavia um pouco menos impressionante que o esforço defensivo do time da casa.
O time jogou com uma linha de 4 defensores e outra linha de 5 jogadores de meio campo que, ironicamente, não passavam do meio campo, apenas defendiam. Deu certo... até a genialidade de Messi aparecer. Em grande lançamento de Messi, Sánchez apostou corrida com Fábregas (sim, ambos correndo e quem chegasse primeiro ia ter a chance de finalizar), ganhou e bateu no meio das pernas do goleiro Leno para fazer Barcelona 1x0 na primeira etapa. O primeiro tempo não teve outras grandes emoções, acabou assim mesmo.
Segunda Etapa: Enfim, um grande jogo
Sánchez e Messi, destaques da 2° etapa (clique para ampliar)
Esqueça retranca, dominação total do Barcelona sobre o Leverkusen e o time da casa amedrontado - a segunda etapa foi muito mais emocionante e bem melhor que a primeira.
Logo aos 7 minutos da segunda etapa veio o susto: gol do Bayer Leverkusen em jogada totalmente bizarra, com a bola sobrando para Corluka cruzar e Kadlec vencer Alexis Sánchez e colocar a igualdade no marcador - 1x1.
Toda ação tem sua reação e não demorou para o Barcelona deixar isso bem claro. Se passaram apenas 3 minutos do momento em que o time local empatava o jogo e o Barcelona voltou a liderar o marcador - jogada de Fábregas que enxergou Sánchez correndo, enfiou a bola entre os zagueiros e deixou o atacante livre para driblar o goleiro, puxar para o canto direito e finalizar com um ângulo um tanto difícil. 2x1 era o placar.
A partir desse momento a partida podia pender para qualquer lado, tanto Bayer quando Barcelona criavam chances para marcar mais um gol e enrolar de vez uma partida já bastante equilibrada, mas nenhum dos times aproveitou as chances. Messi perdeu a chance mais incrível, apesar de ter sido mais azar que falta de habilidade - driblou dois jogadores, sendo que um deles levou uma caneta por entre as pernas, tentou encobrir o goleiro, conseguiu, mas a bola caprichosamente beijou a trave e evitou o que seria o gol antológico de Messi e possivelmente o mais bonito do ano.
Perder esse tipo de gol costuma deixar Messi inquieto e quanto mais vontade, mais perigo o argentino costuma levar ao goleiro adversário. O time recuperou inteligentemente a bola no meio campo, Messi protegeu a bola e evitou a falta, lançou Daniel Alves que tinha posição legal, o brasileiro adentrou a grande área e quando todos imaginavam que ele iria finalizar, veio a inacreditável reação do jogador menos individual do mundo: ele cruzou para Messi. E não deu outra, gol do argentino. 3x1 era o placar aos 43 minutos de jogo e esse seria o placar final, já que o Leverkusen já não tinha forças ou tempo para tentar uma reação.
E assim acabou o jogo, Bayer Leverkusen 1x3 Barcelona, vitória dos visitantes e larga vantagem para o jogo em casa no Camp Nou, marcado para o dia 7 de Março.
Considerações Finais
• Alexis Sánchez é um grande jogador e está finalmente adaptado ao estilo Barcelona de jogar. Está brilhando tanto quanto o Pedro da última temporada;
• Messi foi, é e por um bom tempo será o melhor do mundo. Decisivo, essa é a palavra que o define;
• Daniel Alves é o jogador menos fominha que existe no futebol mundial: ele podia finalizar em frente o goleiro e talvez até faria o gol, mas percebeu o posicionamento de Messi e entendeu que o argentino queria muito mais o gol que ele - e tudo isso em uma fração de segundos, milésimos;
• O Barcelona é um time de estatura pequena. E daí? No jogo com a bola no chão poucos superam;
• Valdés é muito criticado por alguns lances onde de fato erra, mas dizer que ele é inútil é totalmente injusto. Hoje ele fez grande defesa e evitou o empate do Leverkusen que colocaria 2x2 no placar, dificultando mais ainda a vida de seu time;
• Finalmente, obrigado a todos que acompanham nosso blog e esse novo trabalho que estamos começando! Em particular esse é só meu 3° post aqui e estou gostando muito, espero que vocês também estejam! Sigam @BarcelonaBR_FC no twitter para receber novidades sobre o time e interagir conosco!
Visca el Barça!
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